China
Com
uma população em torno de 1,3 bilhão de habitantes, a China é o
país mais populoso do mundo. A contenção do crescimento
demográfico tem sido uma das maiores preocupações do governo
chinês nas últimas décadas.
Desde
o início da década de 1970, quando o crescimento natural da
população chinesa estava em torno de 2,6% ao ano, o governo vem
exercendo um rígido controle da natalidade no país, pondo em
prática a chamada “política de filho único”. As famílias que
tinham um segundo filho passaram a sofre medidas punitivas, como a
perda de certos benefícios sociais, o pagamento de multas e até
mesmo a perda do emprego.
Além
disso, o controle da natalidade vem sendo efetuado por meio da
divulgação de métodos contraceptivos, como a liberalização de
pílulas anticoncepcionais, e também pela imposição de algumas
medidas mais drásticas, como a esterilização forçada da
população, sobretudo dos casais que já tiveram um filho.
- A abertura da economia chinesa ao capitalismo internacional provocou um grande incremento da atividade industrial no país, sobretudo no setor de bens de consumo.
- Um dos principais fatores que permitiram a arrancada da produção industrial na China foi a criação das chamadas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), assim como a abertura de importantes cidades portuárias aos investimentos estrangeiros.
- As ZEEs e as cidades portuárias tornaram-se alvo de grandes investimentos, realizados, sobretudo, por japoneses e norte-americanos. Esses investimentos são atraídos pela existência de várias condições favoráveis, como o baixo custo da mão-de-obra, o gigantesco mercado consumidor chinês, leis mais flexíveis e até mesmo a isenção de impostos.
- A posição da China no cenário geopolítico tem se tornado cada vez mais importante tanto em âmbito regional como internacional. Esse papel de destaque tem sido conquistado devido a um conjunto de fatores favoráveis e potenciais que o país apresenta: terceiro maior país em área do mundo; a maior população do planeta e a economia que mais cresce atualmente.
- As, além desses fatores, a China também se destaca pela agressividade de sua política interna e externa. No nível interno, a política chinesa caracteriza-se pela centralização excessiva do poder pelo Partido Comunista, o único existente no país. As liberdades democráticas praticamente não existem e as manifestações populares são reprimidas com o uso da força. Como exemplo, podemos citar o fato ocorrido em 1989, quando um movimento estudantil foi reprimido violentamente pela polícia e pelo exército. Esse episódio ficou conhecido como o Massacre da Praça da Paz Celestial.
Índia
e China
Apesar
de pertencerem ao mundo subdesenvolvido, Índia e China são dois
grandes e importantes países do continente asiático, destacando-se
por exercerem uma forte influência política, econômica e militar.
A
índia é o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1
bilhão de habitantes, e o fato de manter uma taxa de crescimento
demográfico em torno de 1,6% tem sido motivo de preocupação,
devido ao grande aumento populacional. Um dos aspectos mais notáveis
dessa imensa população diz respeito à sua grande diversidade
étnica, religiosa e cultural, que marca profundamente a vida da
população e as estruturas sociais do país.
A
rivalidade religiosa constitui uma das principais causas de conflitos
sociais que constantemente ocorrem no país.
Índia
– controle populacional
- Desde a década de 1960, há um rígido controle do crescimento populacional na Índia, por meio do qual se tenta reduzir a pobreza, a fome e a gravidade do quadro social existente no país. Para efetuar esse controle foram tomadas várias medidas, entre as quais podemos citar: a esterilização em massa da população de baixa renda, a limitação do número de filhos para as famílias mais carentes e a divulgação de métodos contraceptivos.
- A população com renda mais elevada pode ter até seis filhos.
- A questão do crescimento populacional na Índia está relacionada, também, a aspectos culturais. Um exemplo é o fato de muitos indianos acreditarem que, tendo um maior número de filhos, terão maiores chances de viver confortavelmente quando forem idosos.
Índia
– o hinduísmo e o sistema de castas
- O hinduísmo é a principal religião da índia, mas também constitui um sistema social, na medida em que divide a sociedade em diferentes castas. Determinadas pela hereditariedade, as castas constituem grupos de pessoas e famílias que se diferenciam uns dos outros de acordo com a posição social que ocupam, com mais ou menos privilégios e deveres.
- O sistema de castas estabelece uma rígida segregação social, por meio da qual se explica o papel de cada indivíduo na sociedade. Esse fato, na verdade, consolida as enormes desigualdades sociais existentes no país, uma vez que a mudança de um indivíduo para outra casta é considerada uma grande ofensa à religião hindu.
- Oficialmente, o governo indiano não reconhece mais a existência das castas; porém, elas ainda hoje marcam profundamente a sociedade e o modo de vida da população na índia.
Em
que os hindus acreditam?
- Existem muitas maneiras de ser hindu. Não existem regras estabelecidas. Mas a maioria dos hindus compartilham as mesmas crenças básicas. Uma crença importante é a da reencarnação, que significa que sua alma renascerá em outro corpo, humano ou animal, depois da morte. Você poderá renascer muitas vezes mais, num ciclo de morte e renascimento chamado samsara. O objetivo de vida de um hindu é se libertar deste ciclo para alcançar moksha, ou a salvação. Tendo uma vida de bondade, você poderá renascer numa forma mais adiantada e aproximar-se de moksha. Isso depende de suas ações e dos resultados delas, o que é conhecido como carma.
- Para os hindus todos os animais são sagrados. Por isso, os hindus não comem a carne de vários animais, principalmente, do gado bovino, que vive solto nas cidades. Apenas o seu leite é utilizado como forma de alimentação.
A
Revolução verde na Índia
- O aumento populacional na Índia gerou sérios problemas com relação à produção de alimentos. Com o objetivo de combater a fome, o governo incentivou, a partir da década de 1960, a chamada Revolução Verde. Essa revolução caracterizou-se pela modernização das atividades agrícolas por meio da introdução de técnicas avançadas de cultivo, como o uso de máquinas modernas e sementes selecionadas. A Revolução Verde, embora tenha gerado um grande aumento no volume da produção agrícola, não solucionou o problema da fome no país.
- Isso se explica pelo fato de a Índia, assim como a imensa maioria dos países subdesenvolvidos, destinar grande parte de sua produção agrícola à exportação, o que diminui a oferta desses gêneros no mercado interno.
A
economia indiana
- Nas últimas décadas, o setor industrial da Índia passou a enfrentar uma série de dificuldade, como a escassez de capital para novo investimentos.
- Na tentativa de superar esses problemas, o governo indiano foi obrigado a recorrer aos empréstimos do FMI, tendo que subordinar-se às regras e à política econômica imposta por esse organismo. Assim, em troca da ajuda financeira, o país teve que promover, a partir da década de 1990, uma maior abertura da economia, eliminando barreiras alfandegárias, diminuindo o protecionismo e concedendo maior liberdade às importações e ao capital externo.
- Essas medidas provocaram um crescimento econômico de 8%, em média, nos últimos anos.
- Em decorrência dessa nova política econômica, muitas empresas particulares de capital indiano e mesmo as do governo, não têm conseguido concorrer com as multinacionais, abrindo falência ou sendo compradas pelas multinacionais.
Índia
– questão militar
- O Sul da Ásia, principalmente a Índia, tem se apresentado como uma região de grande instabilidade geopolítica, tanto em razão de disputas territoriais e fronteiriças, como pela existência de movimentos separatistas.
- Um dos focos de maior tensão nessa área é a Caxemira, situada no norte da Índia, entre o Paquistão e a China, nas encostas da Cordilheira do Himalaia.
- Desde que deixou de ser colônia da Inglaterra, a Caxemira está sob o domínio indiano. No entanto, como a maioria da população que vive nessa área é muçulmana, o Estado islâmico do Paquistão reivindica a anexação da Caxemira ao seu território. Essa questão já levou indianos e paquistaneses a se enfrentarem em três guerras, ocorridas em 1947, 1957 e 1965.
- A disputa pela Caxemira pode, inclusive ameaçar a segurança mundial, pois tanto Índia como o Paquistão desenvolveram tecnologia de armas nucleares e já realizaram testes com bombas atômicas.
Continente
americano
Formas
possíveis de regionalização e/ou divisão do continente americano:
Físico:
América do Norte, América Central, América do Sul.
Cultural:
América Anglo-Saxônica e América Latina.
Econômica:
América capitalista desenvolvida;
América
capitalista subdesenvolvida industrializada (emergente) e não
industrializada;
América
socialista.
Quadro
Natural: Relevo
Oeste:
montanhas – formação geológica recente (jovem), originada a
partir do choque entre as placas tectônicas;
Central:
Planícies – formada a partir do processo de deposição de
sedimentos, nos períodos terciário e quartenário;
Leste:
Planaltos – formações geológicas antigas, originadas a partir do
vulcanismo.
Clima
Latitude:
A latitude influencia o clima segundo os seguintes critérios:
- Baixas latitudes: São aquelas que estão localizadas entre a linha do Equador e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio – nessas latitudes as temperaturas são geralmente elevadas;
- Médias latitudes: São aquelas que estão localizadas entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico – nessas latitudes as temperaturas são geralmente amenas;
- Altas latitudes: São aquelas que estão localizadas entre os Círculos Polares Ártico e Antártico e vão até os polos norte e sul – nessas latitudes as temperaturas estão sempre abaixo de 0ºC.
- Altitude: Mesmo que um determinado lugar esteja situado em baixas latitudes (temperaturas elevadas), se ele tiver uma altitude elevada, a sua temperatura será menor do que aquela verificada nos arredores que possuem a altitude inferior.
- Marítimidade: É a influência da umidade dos oceanos e mares sobre o continente, lembrando que, se uma corrente de ar com temperatura mais baixa que a da corrente marítima encontrar esta antes dela chegar ao litoral choverá no oceano e quando ela chegar ao continente pouca ou nenhuma chuva cairá.
Conceitos
de Relevo
Relevo –
“é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do
planeta”. Resulta da estrutura geológica (fatores internos) e dos
processos geomórficos (fatores externos). O primeiro forma a
estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas.
1)
Planície –
áreas extensas planas em que há mais sedimentação que erosão.
Áreas chatas e mais baixas, geralmente, no nível do mar. Porém,
podem ficar em terras altas, como as várzeas de um rio num planalto.
2)
Montanha –
terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem ser
classificadas quanto à origem ou idade.
3)
Depressão –
áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras superfícies
planas.
4)
Planalto –
terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente planas
delimitadas por escarpas íngremes. Há mais erosão que
sedimentação.
Agentes
endógenos do relevo
Os agentes
endógenos, ou internos, do relevo são processos estruturais que
atuam de dentro para fora. Às vezes, vêm com muita força e
rapidez, modificando o relevo. Eles acontecem por causa do movimento
das placas tectônicas e dos fenômenos magmáticos. São exemplos de
agentes internos: o tectonismo, o vulcanismo, os terremotos e abalos
sísmicos.
Agentes
exógenos do relevo
Agentes
exógenos, ou externos, são aqueles que esculpem o relevo terrestre
através de um processo erosivo, o intemperismo, que pode ser químico
(alteração da constituição da rocha), físico (desintegração)
ou biológico (ação dos seres vivos). Há três partes do
procedimento: a erosão (desgaste das rochas superficiais- causado
por rios, chuvas, geleiras, vento, etc.), o transporte dos sedimentos
resultantes da erosão, e a sedimentação ou acumulação dos
detritos que formam novas camadas rochosas.
O relevo
e a sociedade
O
relevo é importante para a sociedade, principalmente no que se
refere a lazer e economia. É uma fonte de lazer, pois se não fosse
ele não existiria praias para se passar o verão e nem haveria
montanhas para se esquiar ou para, de lá, saltar. Sua importância
também é vista na economia de muitas regiões agrícolas, já que
alguns produtos só podem ser cultivados em certos lugares. Há
cultivos que só podem existir em regiões em que o relevo seja
propício para o aparecimento de rios. Montanhas, por exemplo,
impedem a passagem de chuvas e correntes de ar, logo lá não se pode
desenvolver certos plantios. Lugares que vivem de turismo podem se
destacar por praias, vales, montanhas e cordilheiras. Novamente, a
crosta terrestre ajuda no desenvolvimento de uma região.
Bibliografia
Marcos
de AMORIM, “ Geografia geral e do Brasil”Igor MOREIRA, “O
espaço geográfico” WILLIAM V., “Brasil – sociedade e espaço”
Jaime OLIVA, “Temas da geografia mundial” Maria Elena SIMIELLI
“Geoatlas” Autoria:
Ionis Zoupantis
O
Destino
Manifesto
É o
pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados
Unidos
é eleito por Deus
para civilizar a América, e por isso o expansionismo americano é
apenas o cumprimento da vontade Divina.
Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que os povos da
América não poderiam ser colonizados por países
europeus,
mas deveriam governar a si próprios.
"Be
strong while having slaves",
frase de propaganda política do século
XIX
que usava sua cultura para que pessoas de outros países achassem que
os Estados Unidos eram o melhor país do mundo, virando essas pessoas
até contra seus países de origem.
O Destino
Manifesto se tornou um termo histórico padrão, frequentemente usado
como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos
pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico 1
As
doutrinas do Destino Manifesto foram usadas explicitamente pelo
governo
e pela mídia
norte-americana durante a década
de 1840,
até a compra de Gadsden
(sendo também inclusa a compra do Alasca
por alguns historiadores), como justificativa do expansionismo
norte-americano na América
do Norte.
O uso formal destas doutrinas deixou de ser utilizado oficialmente
desde a década de 1850 até o final da década de 1880, quando foi
então revivido, e passou a ser usado novamente por políticos
norte-americanos como uma justificativa para o expansionismo
norte-americano fora da América. Após isto, o uso da ideologia do
Destino Manifesto deixou de ser empregado explicitamente pela mídia
e por políticos em geral, embora alguns especialistas acreditem que
certas doutrinas do Destino Manifesto tenham, desde então,
influenciado muito as ideologias e as
doutrinas imperialistas norte-americanas
até os dias atuais.
O
presidente James
Buchanan,
no discurso de sua posse em 1857
deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano:
- "A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la".
Da mesma
forma, o candidato à presidência daquele país, Mitt
Romney,
que afirma-se mais um homem de negócios do um estadista, no discurso
de abertura de sua campanha, em 2012, disse: "Deus não criou
este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados
Unidos não estão destinados a ser apenas um dos vários poderes
globais em equilíbrio. Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou
outros o farão."
A chamada
Doutrina
Monroe
foi anunciada pelo presidente estadunidense James
Monroe
(presidente de 1817
a 1825)
em sua mensagem ao Congresso
em 2
de dezembro
de 1823.1
Julgarmos
propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os
direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes
americanos, em virtude da condição livre e independente que
adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro,
como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia
[…] (Mensagem
do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)
A frase que
resume a doutrina é: "América para os americanos"
O seu
pensamento consistia em três pontos:
- a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
- a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.
A Doutrina
reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo
europeu, inspirando-se na política isolacionista de George
Washington,
segundo a qual "a
Europa
tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os
nossos ou senão muito remotamente"
(Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17
de Setembro
de 1796),
e desenvolvia o pensamento de Thomas
Jefferson,
segundo o qual "a
América
tem um Hemisfério para si mesma",
o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu
próprio país.
À época,
a Doutrina
Monroe representava
uma séria advertência não só à Santa
Aliança,
como também à própria Grã-Bretanha,
embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados
americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses econômicos
e a capacidade política e militar dos Estados Unidos não
ultrapassavam a região do Caribe.
De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha
a frustrar os planos europeus de recolonização da América e
permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas
fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que
lá habitavam. Essa expansão no continente americano teve como
pressuposto o Destino
Manifesto,
e marcou o início da política expansionista do país no continente.
Bons Estudos.
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